E eu estou repetindo sempre, por mais que os dias não sejam ensolarados, por mais que uma dorzinha me parta de vez em quando, o sol que salta do meu peito consegue iluminar de flores o meu caminhar, por que uma coisa eu aprendi, viver é uma coisa bonita, e que agente não precisa olhar demorado para o que não nos traz prazer e alegria de viver... A gente precisa ter olhos para enxergar o belo, aquilo que expressa o encanto das coisas mais lindas da vida, e elas existem, e são lindas, e estão aí para ser vistas, a gente é que tem que perder esse medo de se alargar de sorrisos, e tratar de ser feliz enquanto ainda existe tempo para isso. E a gente vai descobrindo nos tombos e encontros do dia a dia, que ser feliz é uma questão nossa, que a gente tem que resolver SER ou não SER. Pode parecer difícil, mas é no esforço diário que a gente consegue arrancar de cada dia gotas azuis de felicidade.

Rosângela Cunha

No que depender de mim

05:34 / Postado por Rosângela Cunha /

Naquilo que depender de mim
jamais me tornarei madura
nem nas idéias, nem no velho
estilo enferrujado.
Serei eternamente verdinha,
com gosto de hortelã de tua boca,
incompleta, em fase experimental,
já dizia o poeta que
"as coisas mais doces
custam muito a amadurecer"...
Portanto, amadurecer,
que demore a vida toda,
ou que nunca chegue a acontecer.
Naquilo que depender de mim,
que eu seja eternamente doce,
que nunca mais leve comigo
fardos tão pesados que nos
ombros por tanto tempo levei...
Que eu seja leve, e que possa flagrar
de vez em quando o meu coração,
a quem chamo de "músculo involuntário",
inspirada em Marisa Monte,
feliz, feliz e feliz...
Sem nenhuma razão visível
para um súbito contentamento,
que ele seja flagrado feliz simplesmente...

Naquilo que depender de mim,
eu vou viver cada novo dia intensamente
desejando sempre pela frente
uma nova vertigem,
um novo entusiasmo ,
sem a terrível limitação
dos acomodados,
que insistem sempre
em fazer o mesmo percurso
todos os dias, nos mesmos horários,
ao lado das mesmas pessoas,
desenhando os mesmos papos,
alimentando os mesmos sonhos,
sem jamais mudar de planos...
Eu não! quero para mim todo dia
sonhos novinhos
fervendo dentro do peito.

Naquilo que só depende de mim,
enquanto eu puder “segurar” a onda,
enquanto eu estiver cheia de saúde,
enquanto os meus pés atingirem o chão,
enquanto o meu coração vibrar,
enquanto eu estiver lúcida,
não vou deixar nunca que
a minha idade cronológica exerça
qualquer tipo de domínio
na eterna criança que mora dentro de mim...
No que depender de mim,
Manterei sempre viva a minha jovialidade interior,
e viverei tudo que o vento soprar ao meu favor.
No que depender de mim
vou viver até o último dia da minha vida
arriscando todo dia a minha própria vida,
mesmo sabendo que
com isso perderei “coisas”,
não importa... O que importa mesmo
é viver a vida que conduzo no peito.

No que depender de mim
todos os dias farei novos amigos,
e com todos eles terei uma relação
de respeito, de amor, de sorrisos,
e de muita ternura para embalar...
Amigos são pedras preciosas,
feliz de quem tem um milhão...
Por isso sou feliz de “montão”!

No que depender de mim,
Vou levar o resto da minha vida
embriagada de novos horizontes,
de novos olhares, e de renovadas armadilhas,
naquilo que depender de mim, pode crer,
não vou perder nenhum segundo do meu tempo
com quem não “viaja”,
com quem não sonha,
com quem não reage a cada batida do coração,
com quem pensa mesquinho,
com quem cultiva ódios e rancores,
Com quem planeja vingança,
com quem não altera a melodia da sua vida,
com quem não acredita no novo, no inesperado,
e por fim, só vou desperdiçar partes
do meu precioso tempo somente
com quem arrastar vida a fora
sorrisos, estrelas, flores, perfumes,
desejos, e os mais ousados sonhos,
por que é do lado de gente assim
que o meu renovado querer
vai sempre pedir para estar.

Rosângela Cunha

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2 comentários:

Comment by Dans Deux on 20 de junho de 2011 às 06:36

sem comentarios, marisa monte é muito boa e inspirando vc fica melhor ainda. sou fã.

Comment by Dans Deux on 20 de junho de 2011 às 06:45

eu love este, barbaro mermo.

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